Não faz muito tempo: quando pensávamos em aulas envolvendo computadores e tecnologia, o que vinha à mente era uma sala repleta de telas e lugares bem separadinhos para que alunos pudessem se sentar — preferencialmente cada qual em sua máquina — e mergulhar em editores de texto, planilhas, jogos rudimentares e até orientações profundas sobre técnicas de datilografia. Em geral, as aulas de informática de antigamente tinham um foco muito técnico, visando o uso produtivo dos softwares e dos computadores.
Hoje em dia, com a evolução da tecnologia e do conceito de Pensamento Computacional, as aulas de informática se tornaram mais abrangentes, focando não apenas no uso dos softwares, mas também no desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, criatividade e pensamento crítico dos estudantes. Se, por um lado, a antiga informática tinha como foco principal o uso dos computadores e dos softwares para um eficiente processamento das informações, por outro o novo conceito de Pensamento Computacional envolve um conjunto de habilidades e processos mentais que vão além do simples uso da tecnologia.
Aqui, no Carbonell, com a institucionalização do Pensamento Computacional, até a infraestrutura da sala de aula se alterou. Se, antes, o que se via por aqui eram monitores, fios e mobiliário específico espalhados pela sala, hoje o que se vê é um espaço aberto, colaborativo, colorido, com notebooks compactos e cadeiras que se movimentam para que, juntos, professores e estudantes possam se desenvolver não somente em técnicas de programação, mas também em atividades — inclusive desplugadas, ou seja, sem o uso de quaisquer equipamentos tecnológicos — que estimulam a resolução de problemas, a colaboração, o pensamento crítico, a criatividade e a autonomia. Na prática, o objetivo desse novo conceito envolvendo o Pensamento Computacional é ensinar nossas crianças e jovens a pensarem de maneira lógica, a usarem a abstração e a decomposição para resolver problemas complexos em diferentes áreas do conhecimento; é uma nova realidade que vai muito além dos computadores.
Mas, afinal, por que escolhemos o Pensamento Computacional no Carbonell? Primeiro porque, quanto mais novo e atual é o conceito, mais ele se conecta à cultura de inovação instalada no colégio. Depois, há de concordar que o antigo conceito de informática é desfasado; afinal, há quem diga que, quando se trata do uso de editores de texto e planilhas, jogos e digitação, os jovens das novas gerações são “autodidatas” e muito perspicazes. Por fim, escolhemos especialmente porque, ao elevar a resolução de problemas como seu objetivo-fim, o Pensamento Computacional cumpre à risca nossa missão de “promover a aprendizagem com excelência e inovação, formando indivíduos capazes de lidar com os desafios da vida contemporânea”. Aqui, a gente realmente prepara para um novo mundo.